O Conjunto Penal de Itabuna realizou na tarde do dia 30 de maio, a aula inaugural dos 28 internos aprovados na Universidade Federal do Sul da Bahia. Os calouros tiveram dia de trote, e foram recebidos pela equipe de professores e dirigentes da Universidade, além de representantes do Ministério público, OAB e Secretaria de educação do município.
Os alunos receberam um vídeo de boas-vindas do Secretário da SEAP, José Antônio Maia, que os parabenizou pela marca histórica no estado, e ressaltou a excelência do trabalho em conjunto da SEAP e Socializa.
O Diretor da unidade, Bernardo Dutra, relembrou todo o apoio concedido pela Secretaria. “Sabemos que toda ação no sistema prisional, para aparecer como ação concreta, é fruto do trabalho de uma grande rede, que começa pela definição das políticas governamentais, representadas pela Seap, que de lá irradiam para as unidades. Quando falamos que o sucesso é de toda equipe, incluímos do nosso monitor que entende o processo de ressocialização até aqueles que pensam as políticas públicas que aplicamos na ponta”, reforçou.
O gerente administrativo da Socializa, Yuri Damasceno, transmitiu a mensagem da diretoria da empresa, garantindo toda a logística para o sucesso de todos os estudantes. “Enquanto empresa de cogestão dessa unidade, vamos garantir todo suporte logístico, a começar pelo transporte, roupas, até lanche e material didático. É um compromisso da empresa Socializa fazer em nome do Estado, todo esforço para garantir que nada falte para o sucesso de vocês”, declarou Damasceno.
Como será
Os estudantes que iniciaram as aulas mas ainda são impedidos de sair para frequentar os cursos presencialmente, terão um espaço apropriado para o ensino remoto com sala climatizada e meios tecnológicos adequados, inclusive, ao regime de cumprimento de pena a que se encontram vinculados. Esses terão aulas com mediação pedagógica fornecida pela unidade. Aqueles que tenham autorização para cursar presencialmente, sairão da unidade às 18 horas e retornarão às 23 horas. A grade curricular foi disponibilizada de forma remota obedecendo a legislação atual, e todos que cursarem na modalidade online terão o material didático armazenado em dispositivos eletrônicos sem acesso à Internet, os chamados Kindle. “Não há privilégio, não há quebra de regime de cumprimento de pena. O que há é um grande esforço para cumprir o princípio constitucional da universalidade da Educação como dever do Estado – e direito de todos”, finaliza Bernardo Cerqueira Dutra.