O Setor de Psicologia do Conjunto Penal de Barreiras, juntamente com as estagiárias de Psicologia da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, desde fevereiro de 2019 vem desenvolvendo o Projeto Musicoterapia na unidade. O projeto desenvolve um trabalho psicoeducativo, usando como base a cultura e a arte de forma coletiva, porém, levando em consideração a subjetividade de cada um.
A atividade constitui em ouvir, ler e interpretar músicas, utilizando-se também de poemas, contos, trechos de livros etc., proporcionando aos internos um momento de reflexão e explanação dos seus pensamentos e sentimentos.
A música e outros textos podem despertar sentimentos e múltiplas interpretações sobre o que está sendo contado, a depender de quem está ouvindo, e isso pode resultar em insights sobre as vivências pessoais e únicas de cada indivíduo que possam contribuir para a ressocialização dos mesmos.
Por ser uma atividade em grupo, ainda proporciona a contemplação de opiniões e sentimentos semelhantes, mas também divergentes. A intervenção ainda pode proporciona o desenvolvimento de potencialidades adormecidas, estimulando a criatividade e espontaneidade do interno.
Essas atividades podem promover também a ampliação de conhecimentos que vão ao encontro de habilidades intelectuais, aguçando a percepção e favorecendo o autoconhecimento de uma forma artística e lúdica, que a música e outras raízes culturais, como poemas e contos, podem propiciar.
Neste sentido, a atividade é realizada na sala de estudo, contempla grupo de 06 (seis) a 08 (oito) participantes. Os internos são convidados a sentarem-se em círculo no chão junto com as mediadoras (psicóloga e estagiárias de psicologia), onde por meio de caixa de som portátil são transmitidas músicas escolhidas de acordo com o tema proposto para cada encontro.
A letra da música é impressa e distribuída para cada interno, onde após acompanhar a melodia, conseguem se expressar, realizar associações e reflexões conforme sua história de vida, suas ações e pensamentos, bem como externar planos e criar alternativas extramuros.