Dezenas de empresários itabunenses conheceram a proposta de parceria voltada para promover oportunidades de ressocialização por meio do trabalho para internos que cumprem pena no Conjunto Penal de Itabuna. A reunião foi convocada pelo Ministério Público, e foi realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna, na noite de quinta-feira (4).
Foram apresentados detalhes do edital de chamamento público para que empresas se instalem em áreas do CPI – galpão e terrenos laterais. Como contrapartida, o governo do estado, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), pretende ceder esses espaços para que as empresas que ali se instalarem possam contribuir com os processos de ressocialização de pessoas privadas de liberdade através do trabalho.
Quem atender ao chamamento para empreender na unidade tem diversos incentivos, como um salário subsidiado para os custodiados em regime semiaberto que forem contratados e a possibilidade de renovação da parceria após os cinco anos iniciais, previstos no edital, que será republicado na próxima semana.
Diversos empresários se interessaram pela proposta. Os prepostos do CPI, representando o estado e a SOCIALIZA, prestaram todas as informações relacionadas às questões que envolvem a vida prisional e o perfil dos possíveis beneficiados.
A promotora Cleide Ramos, que convocou a reunião, considerou o encontro positivo. “Empresários, normalmente, tem uma inclinação a esse tipo de ação. Sabemos que há muitos entraves, próprios da política prisional e de ressocialização, o que pode afastar muitos interessados, mas como primeiro passo, esse encontro foi muito positivo”.
Participaram da reunião, além dos empresários, dirigentes de entidades representativas e instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal. O Conjunto Penal de Itabuna foi representado pelo diretor-adjunto, Bernardo Cerqueira Dutra, e por Yuri Martins, gerente da empresa Socializa Brasil. Também pela empresa, contribuíram para esclarecimentos aos presentes a terapeuta ocupacional do CPI Camila Souza e os supervisores de segurança, Alan Brito e Marcos Antônio Santos.